quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Volta às Aulas: Educação além do conteúdo escolar

O retorno às aulas marca o início de um novo ciclo para estudantes e professores. Em Amambai, a rede particular já deu início ao ano letivo, enquanto as escolas públicas (municipais e estaduais) se preparam para receber os alunos no dia 17 de fevereiro. O momento é de organização, planejamento e expectativas, tanto em relação ao ensino quanto ao desenvolvimento dos estudantes.

No Colégio CELQ, a retomada das atividades começou no dia 4 de fevereiro, após uma semana pedagógica voltada à capacitação dos professores. “Acolhemos nossa equipe com formações estratégicas, incluindo o workshop Neurodesenvolvimento: Compreensão e Ação. O primeiro dia de aula foi marcado por entusiasmo, criando um ambiente propício para um aprendizado significativo”, destaca a direção da escola.

Preparação na rede pública

Enquanto isso, a rede pública de ensino trabalha nos últimos ajustes para garantir um retorno tranquilo aos estudantes. As secretarias municipal e estadual de educação atuam na organização das escolas, distribuição de materiais didáticos e planejamento pedagógico. Além das expectativas para o novo ano letivo, há desafios a serem superados, como a necessidade de fortalecer a aprendizagem e o desenvolvimento das habilidades de comunicação dos alunos.

O desafio da comunicação na educação

Nos últimos anos, professores e especialistas vêm observando dificuldades crescentes entre os estudantes na interpretação de textos, na argumentação e na comunicação interpessoal. Isso tem reflexos diretos no desempenho escolar e no ambiente de convivência dentro das escolas.

Um estudo publicado na Revista Brasileira de Educação analisou as dificuldades de leitura e interpretação de texto enfrentadas por alunos egressos da Educação Básica e seus impactos na vida acadêmica. O estudo destacou que muitos estudantes apresentam desafios significativos na compreensão textual, o que afeta diretamente seu desempenho escolar e profissional (Revista Brasileira de Educação).

Essas dificuldades de comunicação vão além da sala de aula. A falta de habilidade para interpretar mensagens, expressar ideias de forma clara e interagir socialmente de maneira eficaz tem se tornado um desafio para toda a sociedade. Especialistas apontam que essa dificuldade está relacionada a diversos fatores, incluindo mudanças nos hábitos de leitura e no uso das tecnologias.

O impacto do uso excessivo de telas

Outro fator que influencia o aprendizado e as relações interpessoais é o tempo excessivo que crianças e adolescentes passam em celulares e outros dispositivos eletrônicos. O psicólogo social Jonathan Haidt, em seu livro The Anxious Generation, argumenta que o aumento do tempo de tela desde 2012 está diretamente ligado ao crescimento dos índices de ansiedade e depressão entre jovens. Ele alerta que a substituição das interações presenciais por redes sociais pode comprometer o desenvolvimento emocional e cognitivo das novas gerações (The Times).

Além disso, um artigo do El País destaca que o uso excessivo de dispositivos tecnológicos e a superproteção dos pais têm sido prejudiciais para a saúde mental dos adolescentes. Com menos interações presenciais, muitos jovens apresentam dificuldades de socialização e dependência digital (El País).

A nova legislação federal que restringe o uso de celulares em sala de aula busca minimizar esses impactos. No Colégio CELQ, essa regra já foi incorporada. “Não permitimos o uso de aparelhos eletrônicos durante as aulas e intervalos, pois queremos incentivar um ambiente mais focado no aprendizado e na socialização”, explica a direção da escola. O Ministério da Educação também reforça que o uso excessivo de celulares pode comprometer o convívio social, o desempenho acadêmico e o bem-estar dos estudantes (MEC).

Expectativas para o ano letivo

Com a proximidade do início das aulas na rede pública, a expectativa é que 2025 seja um ano de avanços, com iniciativas voltadas tanto para o ensino de conteúdos quanto para o fortalecimento das relações interpessoais.

As escolas seguem investindo em projetos pedagógicos e atividades extracurriculares que vão além da grade curricular tradicional. No CELQ, por exemplo, os alunos contam com reforço escolar, oficinas de leitura e matemática, além de práticas esportivas e culturais, como ballet, futsal e vôlei.

“Nosso objetivo é oferecer uma formação completa, unindo conhecimento, esporte e cultura para desenvolver integralmente nossos alunos”, destaca a direção.

Com o planejamento avançando e professores preparados para mais um ano de desafios e conquistas, o retorno às aulas promete ser um passo importante para o fortalecimento da educação e do desenvolvimento dos estudantes em Amambai.

Por: Raquel Fernandes

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