A Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa sempre foi um espaço de aprendizado, descobertas e decisões que moldam o futuro de seus alunos. Agora, com sua estrutura reformada e um ambiente totalmente renovado, essa essência transformadora ganha ainda mais força. Alunos, professores e toda a equipe escolar vivem um momento especial: além do espaço físico repaginado, há uma energia de renovação e pertencimento que se reflete no brilho nos olhos de cada um.
Para mim, a emoção ao ver a nova escola vai além da perspectiva jornalística. Sou ex-aluna, e foi exatamente ali que decidi o caminho que seguiria na vida. No início deste ano letivo, participei, como jornalista, da abertura oficial promovida pela prefeitura e me emocionei com o discurso da professora Rosinha (Rosimeire Charão), atual secretária municipal adjunta de Educação. Ela falou sobre o poder transformador da educação e como cada sala de aula guarda histórias e momentos decisivos. Suas palavras fizeram ainda mais sentido para mim porque, anos atrás, ela foi minha professora de português na Escola Estadual Fernando Corrêa da Costa. Não por muito tempo, mas o suficiente para deixar sua marca na minha trajetória.
Sempre fui muito dedicada e estudiosa, e tive a sorte de contar com professores que não apenas cumpriam o conteúdo programático, mas sempre traziam algo a mais, instigando minha curiosidade e ampliando minha visão de mundo. A professora Helizandra, por exemplo, não se limitava à sociologia teórica; ela nos apresentava um pouco de como a imprensa funcionava, ajudando-nos a desenvolver um olhar crítico sobre a sociedade e a importância da comunicação na construção de pensamentos e narrativas.
Já o professor Marcos, de matemática, percebeu minha vontade de ir além das contas tradicionais que encontrávamos nos livros e apostilas. Enquanto muitos temiam os números, eu os encarava como desafios, e ele aproveitou isso para me instigar ainda mais. Pesquisava questões de concursos para me desafiar e tirar meu sossego – mas eu amava cada um desses desafios. Ele entendia que o raciocínio lógico não era apenas sobre acertar contas, mas sobre desenvolver habilidades que seriam úteis para a vida toda. Hoje, vejo o quanto essa forma de aprendizado fez diferença na minha trajetória, pois tive muitos professores que me fizeram enxergar a importância do conhecimento em todas as suas formas.
Na escola Fernando, passei pelo ensino médio entre 2003 e 2005, fiz cursinho pré-vestibular em 2006 e, em 2007, já na Unigran, iniciei minha faculdade de jornalismo.
Nesta época fui lembrada pela professora de redação, Viviane – também jornalista – que me deu aulas no cursinho pré-vestibular da Escola Fernando Corrêa. Um ano depois, ela me convidou para estagiar no site Amambai Notícias, onde comecei minha trajetória profissional.
E, olhando para trás, percebo que minha escolha pela comunicação nasceu ali, dentro da Escola Fernando Corrêa da Costa. Foram as aulas de Sociologia, especialmente com a professora Helizandra, que me apresentaram ao universo da imprensa e me despertaram para essa profissão. Ao discutir sobre mídia, sociedade e informação, percebi que queria fazer parte desse mundo, contar histórias e dar voz aos acontecimentos. Foi nessa escola que descobri minha vocação e iniciei o caminho que sigo até hoje.
Desde 2007, quando escrevi minha primeira matéria como estagiária, não parei mais. Agora, em 2025, são 18 anos dedicados à Comunicação, sendo 14 anos como jornalista formada, desde dezembro de 2010. E tudo começou ali, no ensino médio, dentro das salas da Escola Fernando Corrêa da Costa.
A professora Rosinha tem razão: cada sala de aula, cada corredor da escola me traz lembranças e muita gratidão.
Parabéns à escola, aos profissionais e aos alunos que fazem parte dessa história. Obrigada por tudo!
Por: Raquel Machado Fretes Fernandes
Ex-aluna da Escola Fernando Corrêa da Costa
Bacharel em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo
